O JARDIM DE AMÉLIA
Amélia nasceu em 1897 em Porto Alegre e desde jovem se dedicava a cultivar e pintar flores.
Há 101 anos, saiu de seu curso de bordado a máquina, atravessou a rua da Praia e foi visitar a exposição do pintor espanhol Luis Maristany de Trias no Clube Caixeiral. Os jornais afirmavam que era a primeira exposição naquele estilo em Porto Alegre: "é impressionista, tem a graça leve e brilhante do colorido numa composição feita de audácias novas e de surpresas inéditas".
Fascinada, Amelia viu o artista e ousou se aproximar. Luis ficou encantado com as perguntas inteligentes daquela moça bonita. Dizem que nesse mesmo dia a pediu em casamento. Após a cerimônia, em agosto de 1922, Amelia abraçou uma vida nômade seguindo a itinerância das exposições de Luis.
Em dezembro de 1923, Amelia apresentou sua primeira exposição na Argentina. Desde então frequentou um universo artístico desenvolvido, em muito distinto do então existente em Porto Alegre, consolidando uma sólida carreira profissional como pintora. Elogiada na imprensa do Rio de Janeiro em 1925 e de São Paulo em 1926, logo seguiu para a Europa e expôs na Itália e Espanha.
Após nascer sua filha Amelia Alice, em Buenos Aires em novembro de 1928, retornaram à Espanha em 1930. Em Vigo os trinta quadros de Amelia com flores da Galícia receberam elogios “Desta artista não se pode dizer que não sabe fazer mais que pinturinhas de convento. Sua fatura é vigorosa, varonil, valente, de amplas pinceladas de efeitos soberanos. Em suas flores há toda a vida que podem ter, ao despertar no jardim, beijadas pelo alentador orvalho matinal.” As notas da imprensa em todos os lugares destacavam a audácia da sua pintura.
Os comentários dos críticos quando Amelia Pastro Maristany retornou a Porto Alegre em 1938 e apresentou sua individual, a primeira que houve no salão do Instituto de Belas Artes da Universidade de Porto Alegre, revelam uma artista profissional experiente. Amelia continuou expondo nas galerias mais reconhecidas na época, com sucesso de vendas, e foi premiada em salões, inclusive no Salão Nacional de Belas Artes de 1940. Por seu destaque no universo artístico da cidade pode ser considerada a primeira pintora profissional porto-alegrense.
Silvia Livi e Rogerio Livi
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